terça-feira, 11 de setembro de 2007

Granma lembra Allende e 11/9


Muitos povos do mundo sofrem todos os dias conseqüências similares aos atentados do 11 de setembro por causa das políticas da Casa Branca, afirmou nesta terça-feira o jornal oficial cubano Granma.

"Para muitos povos do planeta, em todos os dias há um 11/9 por mais que se oculte que as políticas impostas pela Casa Branca, sejam econômicas, militares ou até meio ambientais, resultem num atentado contra a humanidade", afirma o jornal.

Granma recorda que nessa mesma data, só que em 1980, a "máfia anticastrista apoiada por Washington assassinou impunemente", em Nova York, o diplomata cubano Félix García.

Também nessa data, em 1973 "a junta fascista de Augusto Pinochet, com o beneplácito ianque, derrubou o governo da Unidade Popular do presidente Salvador Allende (foto), imolado naquele dia".

"Se nas Torres Gêmeas e no Pentágono morreram cerca de 3.000 pessoas, o mundo vive desde então dias de sangue multiplicadas pelo efeito da 'cruzada global antiterrorista' dos Estados Unidos", afirma o Granma, citando as invasões do Afeganistão e do Iraque.

Com informações da agência France Presse

Vice boliviano acusa EUA de financiar oposição


O vice-presidente boliviano, Alvaro García Linera, disse que as verbas norte-americanas de ajuda ao país são usadas para financiar grupos de oposição ao governo de esquerda do presidente Evo Morales.

Desde que assumiu o poder, em janeiro de 2006, Morales, um líder de origem indígena aymara, tem se aliado a outros líderes de esquerda latino-americanos, como o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o cubano, Fidel Castro. García Linera afirmou que Washington está doando milhões de dólares para criar uma "usina ideológica" para os políticos conservadores que se opõem ao governo.

Um porta-voz da embaixada americana se negou a comentar o assunto e disse não ter escutado os comentários do vice-presidente. Mas, na semana passada, o embaixador americano na Bolívia, Philip Goldberg, admitiu que o valor anualizado da ajuda de seu país até outubro poderia chegar a 120 milhões de dólares e não a 140 milhões de dólares. "Ajudas que fomentam resistências políticas não são boas ajudas e não são bem recebidas", disse García Linera, um intelectual e ex-guerrilheiro de esquerda.

Com informações da agêncua Reuters.