sexta-feira, 25 de abril de 2008

Um outro olhar sobre Cuba


Um outro olhar sobre Cuba é o nome da exposição da fotógrafa Cida Lemos, que abre no próximo dia 1, no Espaço Renato Russo(508 sul), em Brasília. A mostra revela detalhes da exuberante arquitetura de Havana Velha, a parte moderna da cidade, aspectos do cotidiano e dos habitantes da capital. A exposição, que se encerra no dia 14, tem o apoio da Fundação João Mangabeira.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Que te hablen siempre en español!

De Nicolás Guillén, Problemas del subdesarrollo

Monsieur Dupont te llama inculto,
porque ignoras cuál era el nieto
preferido de Victor Hugo.

Herr Müller se ha puesto a gritar,
porque no sabes el día
(exacto) en que murió Bismark.
Tu amigo Mr. Smith,
inglés o yanqui, yo no lo sé,
se subleva cuando escribes shell.
(Parece que ahorras una ele,
y que además pronuncias chel.)

Bueno ¿y qué?
Cuando te toque a ti,
mándales decir cacarajícara
y que donde está el Aconcagua,
y que quién era Sucre,
y que en qué lugar de este planeta
murió Martí.

Un favor:
que te hablen siempre en español.

domingo, 20 de abril de 2008

A estância e o mate, por Jungbluth


pintor dos pampas


Antes tarde do que nunca. No último dia 5, morreu o grande artista plástico Nelson Jungbluth. Ele estava hospitalizado havia 23 dias com problemas pulmonares. Na madrugada de sexta-feira para sábado, no Instituto de Cardiologia, ele teve duas paradas cardíacas e não resistiu.

Jungbluth começou a carreira criando quadrinhos, ingressou na publicidade, mas se notabilizou como ilustrador e pintor com imagens de cavalos. Gaúcho de Taquara, era considerado um artista de cores generosas e figuras faceiras. Durante 35 anos, Jungbluth fez os famosos cartazes e calendários da companhia aérea Varig. Desenhava cenários do Brasil e do mundo, apostando nas cores explosivas e festivas.

Como artista, os cavalos foram seu tema de maior sucesso. “Já reparou que os meus cavalos não têm freio? Para mim, o cavalo tem que estar livre. Nunca está preso num brete, num cercado”, costumava dizer. Críticos observavam que Jungbluth pintava os mais elegantes cavalos das artes plásticas brasileiras.