sábado, 21 de abril de 2007

Capitalismo e desigualdade



De outro lado, o capitalismo demonstra-se incapaz de superar obstáculos como a o crescimento brutal da desigualdade social, que agrava a violência e a marginalidade. Como disse o diretor do Centro de Estudos sobre a América, o cubano Adalberto Ronda Varona, se é verdade que o capitalismo, em qualquer de suas formas, mostrou-se incapaz de resolver os grandes problemas que atingem a humanidade, a mesma humanidade não tem dado conta de construir alternativas a este modelo de produção e desenvolvimento.
Varona prossegue: “Isso mostra a vitalidade do socialismo cubano e suas possibilidades de permanecer vivo no tempo. Temos problemas, cometemos erros, mas a revolução esta viva. É totalmente possível e necessária a diversidade nos processos, nas ações para a tomada do poder, mas, dentro dessa lógica, nossa alternativa promove a flexibilidade do pensamento. O socialismo cubano é por direito próprio uma das expressões da diversidade constitutiva do paradigma socialista do século XXI, que se legitima em si mesmo, com a peculiaridade de que no momento é o único existente no continente”.
Após terem sobrevivido a tudo, ao embargo norte-americano e ao desmantelamento da URSS, Cuba e Fidel têm pela frente novas perspectivas, com os recentes acordos estratégicos com a Venezuela e a Bolívia, no marco da Alba, os acordos com a China, a descoberta de petróleo na ilha. A defesa de Cuba é a defesa da dignidade humana e deve ser compromisso de todos.

Hoje, milhões de crianças, em todo mundo, dormirão com fome. Nenhuma em Cuba. Pense nisso.

Exemplo de dignidade


Portanto, embora pobre, a Cuba revolucionária é mais digna que a maioria dos países da América Latina, que o Brasil e, não há dúvida que a própria Cuba dos tempos de Fulgêncio Batista. É bom lembrar que a ilha se desenvolve sem os auspícios do Banco Mundial, do FMI ou do Banco Interamericano de Desenvolvimento, organismos que financiaram parte significativa da infra-estrutura brasileira. E, apesar das dificuldades, Cuba ainda “exporta” recursos humanos aos países que apóiam seu regime.
Há cerca de 28 mil médicos e especialistas cubanos cumprindo missões em 68 países. Inclusive no norte do Brasil, onde atendiam gratuitamente a população pobre até serem expulsos por pressão de entidades profissionais. Nos próximos anos, 150 mil médicos serão formados numa parceria entre Cuba e Venezuela para atender a 6 milhões de latino-americanos.
Cuba é o único país do mundo onde não há pessoas abandonadas, sem proteção social, dormindo nas ruas. O único país do mundo que pode se orgulhar de ter um mínimo de 9 anos de escolaridade para toda sua população. O único que tem um sistema de saúde universal, que atende gratuitamente a toda sua população, com a melhor saúde pública do mundo. Em 2006, Cuba cresceu 12%, mais que qualquer país latino-americano. O Brasil ficou em 2,9%.

Avanços sociais


Enquanto em Cuba todas as crianças e adolescentes estão na escola, no Brasil, 8,8% das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos não a freqüentam. O analfabetismo entre os cubanos é de 0,2%, enquanto no Brasil chega a 13%. Se o conceito for o de "analfabeto funcional", que inclui as pessoas com menos de quatro séries de estudo concluídas, o número chega a 33 milhões.
Se falarmos em mortalidade infantil, Cuba atingiu em 2006 a taxa de mortalidade infantil mais baixa de sua história: 5,3 em cada mil nascidos vivos – o melhor índice da América Latina. Na área das Américas, só o Canadá tem uma taxa inferior à da ilha. No Brasil, o número é de 27,8 por mil nascidos vivos (IBGE,2002). Ou seja, mais de 3 milhões de bebês nascem já mortos e outros 4 milhões morrem antes de completar um ano no nosso país.

A revolução


A revolução cubana mudou essa realidade. A começar por garantir dignidade ao povo cubano. Saúde, educação, moradia, alimentação passaram a ser totalmente gratuitos ou altamente subsidiados pelo governo. Mesmo depois de 45 anos de embargo, caminha-se por Havana inteira sem cruzar por uma criança pedindo esmola – cena típica da América Latina.
A quem estranha a má conservação de boa parte dos prédios de moradia na capital cubana, deve-se lembrar que o déficit habitacional no Brasil é de 7 milhões de unidades. Ou seja, cerca de 28 milhões de brasileiros (quase o triplo da população cubana) não têm onde morar e hoje vivem em cômodos alugados ou cedidos, moram de favor na casa de parentes ou num lugar improvisado como, por exemplo, um galpão industrial.

Mais vidas que gato


Fidel Castro chega aos 80 anos após ter vencido 630 complôs montados para assassiná-lo. Nenhuma tentativa, porém, teve êxito. Perto de completar 50 anos da revolução vitoriosa de Castro e de líderes como o argentino Che Guevara, a pequena ilha de Cuba começa a colher bons frutos apesar do longo período sob o criminoso embargo comercial e econômico norte-americano.
Pergunta-se muito o que será de Cuba depois de Fidel Castro. Em uma entrevista realizada no final da década de 80, pela TV Cultura, de São Paulo, o presidente já dizia que esperava das próximas gerações a consolidação do modelo de sociedade implantada pelos revolucionários. Caso contrário, disse Castro, todo o esforço teria sido em vão.
Pouco se pergunta, no entanto, como era Cuba antes da revolução de 1959. A ilha era o “pátio traseiro” dos EUA, o destino de férias preferido dos milionários estadunidenses, a ilha dos cassinos financiados pela máfia e da prostituição. A maioria dos cubanos vivia na miséria, sem educação, saúde, moradia dignas.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Nunca duvide do Grêmio!


Cerca de 25 mil torcedores testemunharam esta noite mais uma das jornadas inesquecíveis da história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. No Estádio Olímpico, em Porto Alegre, a equipe goleou o Caxias por 4 a 0, garantindo a vaga na decisão final do campeonato gaúcho. Era o resultado de que precisava para reverter a derrota por 3 a 0, em Caxias do Sul.
Com gols de Patrício, Tcheco, Diego Souza e Tuta, o tricolor massacrou o Caxias e mostrou que futebol se ganha dentro de campo e não por antecipação. É mais um exemplo de superação na história centenária do Grêmio. Nunca duvide do Grêmio!