sexta-feira, 18 de julho de 2008

Lula e Chávez investem na Bolívia


EFE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe de Estado da Venezuela, Hugo Chávez, concederam nesta sexta-feira ao governante boliviano, Evo Morales, uma ajuda de US$ 530 milhões (R$ 842,4 milhões) para estradas na Amazônia e prometeram mais respaldo para desenvolver a indústria do gás no país. Lula e Chávez assinaram os convênios em um estádio de futebol de Riberalta, situado 900 quilômetros ao nordeste de La Paz, perto da fronteira com o Brasil.

Chávez assinou um acordo para dar à Bolívia US$ 300 milhões (R$ 476,85 milhões) e Lula concederá um empréstimo de US$ 230 milhões (R$ 365,6 milhões) para a construção de uma rota que permitirá unir La Paz com a fronteira do Brasil.

Segundo o presidente venezuelano, a estrada unirá o norte tropical de La Paz, o noroeste do Brasil e a Amazônia, além de ligar vias que levam ao Orinoco venezuelano. Lula também prometeu "aprofundar a cooperação no campo energético" com novos investimentos da Petrobras na Bolívia na exploração conjunta de poços de petróleo e em um futuro planejar a construção de uma hidroelétrica binacional.

Homenagem a Martí



Com a presença do presidente da Assembléia do Poder Popular de Cuba, deputado Ricardo Alarcón, o Congresso Nacional brasileiro homenageou no último dia 1 o líder da independência cubana José Martí. Entre diplomatas, deputados e senadores que participaram da homenagem aos 155 anos de nascimento de José Martí, estava o embaixador de Cuba, Pedro Núñez Mosquera (foto). O herói cubano, que nasceu em 28 de janeiro de 1853 e foi morto por tropas espanholas aos 42 anos, viveu como exilado nos Estados Unidos. Ele acreditava que a expansão do poder norte-americano era uma ameaça à América Latina.
O aspecto antiimperialista da luta de José Martí foi ressaltado pelos senadores José Nery (PSOL-PA), João Pedro (PT-AM), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Eduardo Suplicy (PT-SP), que assinaram, com a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o requerimento para a homenagem.
Alarcón agradeceu o apoio dos parlamentares brasileiros à luta pela libertação dos cinco cubanos presos nos Estados Unidos há dez anos, sob acusação de espionagem, condenados a penas que vão desde 15 anos de reclusão até prisão perpétua, sem direito a defesa, disse.