domingo, 29 de abril de 2007

Silêncio


Escritor e ensaísta escocês, Thomas Carlyle fez interessante comentário sobre o costume de fumar tabaco e as "conseqüências incalculáveis" dessa prática caso fosse introduzida nos parlamentos da sua época. O trecho abaixo é retirado do livro Vida de Frederico II da Prússia (foto) , 1858-65. A tese de Carlyle é atualíssima, e seria de grande valia para evitar o sem número de episódios lamentáveis que costumamos ver nos parlamentos brasileiros, salvo as (cada vez mais) raras exceções.

"Fumar tabaco é a única circunstância na qual, graças a nossos hábitos europeus, os homens podem sentar-se juntos em silêncio, mas não fechados em si mesmos, e na qual nenhum homem necessita proferir uma palavra além daquelas que realmente e de fato deve dizer. Ao contrário, tanto as leis da honra como a afabilidade individual convidam cada homem a ser sucinto; em qualquer circunstância, a manter sua quietude e retomar seu cachimbo no mesmo momento em que se manifestou, se teve oportunidade de fazê-lo. Se introduzidas nos parlamentos constitucionais, as conseqüências de tão saudável prática poderão ser incalculáveis."

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