quarta-feira, 5 de março de 2008

Coro grego nas redações


Mino Carta comenta sobre os jornalistas brasileiros: Algo que sobremaneira me intriga é porquê os jornalistas nativos chamam seus patrões de colegas. Adulação? Sabujismo? Medo de perder o emprego? Não sei, mas está claro que não se dão a respeito. O Brasil é o único país do mundo ao meu alcance onde tal situação ocorre. Existem até aqueles em que ao patrão é vedada por lei a carreira jornalística. Aqui os homens até ganham carteirinha do sindicato. E como se empenham, os jornalistas autênticos, a favor das idéias de quem lhe paga o salário... Ora direis: os pensamentos de uns e outros coincidem. À perfeição. Tim-tim por tim-tim. É jogo de equipe. Como nas famílias mafiosas.
O capo-di-tutti-i-capi ordena, os soldati e os picciotti executam. Claro que soldati e picciotti da mídia nativa não matam, ou, simplesmente, não quebram pernas de quem não paga o pizzo. Defendem, porém, os interesses da minoria contra aqueles do país. No mínimo, e de cara lavada. Quando não acusam sem prova, difamam, caluniam. Até onde chega este gênero de submissão? Até o fundo do poço. E, em alguns casos, a situação mereceria a intervenção do coro grego. Pois é difícil, se não impossível, entender como indivíduos de QI razoável e algumas leituras possam sujeitar-se a tanta curvatura, intelectual e moral.

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